A História das Moedas Portuguesas
As primeiras moedas portuguesas terão sido produzidas ainda
no reinado de D. Afonso Henriques, certamente depois de em 1179 Ter sido reconhecido
pelo Papa como rei. São pequenos espécimes feitos de bolhão, uma liga de cobre
e de prata: o dinheiro e a medalha, esta valendo metade de um dinheiro. O
dinheiro continua a tradição do denário romano, que servira de união monetária
do vasto Império e que os Bárbaros mantiveram depois da queda de Roma, em
espécimes profundamente adulterados. Nos reinos da Europa Medieval corriam
moedas idênticas ao dinheiro, que se manteve em circulação até ao final da
primeira dinastia portuguesa. A palavra mealha, de onde vem a palavra mealheiro
deixou de fabricar-se a partir de D. Afonso II (1211-1223), mas manteve-se
engenhosamente na prática. Como a mealha era metade de um dinheiro, ao
precisarem dela para trocos, cortavam aquele em duas metades... Essas moedas de
bilhão tinham numa das faces a Cruz da Ordem do Templo. A partir de D. Sancho
I, a cruz passou a ser cantonada por quatro cravos, evocando a que teriam
pregado Jesus. Descobrem-se também nestas moedas os chamados sinais ocultos
destinados a impedir a falsificação. Este tipo de moeda, como dissemos, foi
comum aos reinos e condados da Cristandade. Os nossos dinheiros sofreram
influência de um modelo borgonhês trazido pelos que vieram para a Península
lutar contra os Muçulmanos, integrando as Cruzadas do Ocidente.
Nascimento, Vida e Morte da
Moeda Portuguesa (de 1129? A 1999)
Portugal conta-se entre os
países que produziram uma das mais vastas, ricas e variadas numárias do mundo.
Esta posição deve-se, por um lado, à sua História quase milenária e, por outro,
a ser percursor da Expansão Marítima Europeia, senhor de um extenso domínio
colonial até à data recente.
As moedas destinadas às
trocas mercantis e aos pagamentos de serviços, multiplicaram-.se por todo este
vasto Império, variando conforme as épocas, os lugares, as mensagens a
transmitir, ou as influências recebidas.
Desde o último quartel do
século passado, progrediu em Portugal a investigação numismática, iniciada por
Teixeira de Aragão com a Descrição Geral e História das Moedas Cunhadas em Nome
dos Reis, Regentes e Governadores de Portugal, (1874-80), que, durante dezenas
de aos, foi uma obra basilar. Em 1923, o Dr. José Leite de Vasconcelos escreveu
Da Numismática Portuguesa, obra à qual, a partir de fiais de décadas de 1940 se
iriam juntar as de outros investigadores como Damião Peres, Pedro Batalha Reis,
Ferraro Vaz, Costa Couvreur e, mais recentemente, Maria José Pimenta Ferro e
Alberto Gomes. Também o nascimento no Porto, da sociedade Portuguesa de
Numismática, e a publicação do seu órgão de comunicação, Nummus, foram um forte
impulso no progresso desta ciência em Portugal.
O Euro (EUR ou €) é a moeda comum para as nações que
pertencem à União Europeia e que aderiram à zona Euro. As moedas de euro têm
dois lados diferentes: um lado comum, europeu, mostrando o valor da moeda, e um
lado nacional, mostrando um desenho escolhido pelo país membro da UE onde a
moeda foi cunhada. Cada país membro tem um ou vários desenhos únicos a esse
país.
Para visualizar as
imagens do lado comum e para ter uma descrição detalhada das moedas, ver moedas
de euro.
Umaro Vaz
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